3º Batalhão Montado de Kaelar

Fonte: Ashes of Creation Wiki
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Excerto do capitão do 3º Batalhão Montado de Kaelar.

Eu ainda me lembro daqueles dias. A chuva nos castigava incessante, e o ar estava preenchido pelos sons de cascos em escalada contra a lama e a terra. Encarregado de rasgar os flancos do inimigo, nós disparamos pelos ventos cortantes, resistindo às suas flechas. Encaramos suas lanças de frente; quaisquer esforços para atenuar nosso ataque foram frustrados. Não foi nada menos que um furacão de lâminas e sangue. Mas o pior sempre vem depois - encarar o resultado da batalha é sofrer uma mudança, e ao fim da campanha incessante, aquilo ameaçou me consumir.[1]

Apenas a companhia de meu cavalo me manteve por entre aqueles ermos e sombrios meses. Quando a maioria olha para um cavaleiro e seu alazão, eles veem uma arma - duas criaturas vivas unidas em uma imponente ferramenta de guerra. O que eles não veem é que, às vezes, aquele cavalo é o único amigo que se tem. Eles são criaturas gentis e simpáticas, e em verdade eu desprezo que tenham sido forçados a tais cenários. De toda sorte, sua presença foi um conforto constante, apesar de o conflito sempre ser rápido em nos lembrar do significado de crueldade.[1]

Uma investida como qualquer outra, mas algumas poucas flechas sem rumo foram todo o necessário. Eu caí no frio, e só podia verter minhas lágrimas em horror ao que a vida de meu único companheiro se esvaía. Enquanto ele morria, meu coração se despedaçou em mil pedaços, deixando apenas ódio e angústia no lugar. Eu saquei minha espada e corri, e eu lutei. Eu lutei até que minha raiva não pudesse me mais me sustentar de pé. E então eu caí e desejei nunca mais levantar novamente. Eu fechei meus olhos e esperei pelo fim. Foi então que eu o vi.[1]

O som familiar de seus cascos chegou mais e mais perto. Ele me deu seu sempre encorajador empurrão enquanto se deitava ao meu lado. Então eu abri meus olhos, e ele havia desaparecido. Esta foi uma tristeza que eu jamais antes conheci. Mas, tenha sido meu delírio ou destino, essa visão pareceu tão real quanto qualquer outra coisa. A memória dele era minha para carregar, e não haveria nada que ele não faria para me manter seguro. Então, eu me ergui... pelo meu alazão.[1]

Ver também

Referências